No ramo automotivo um assunto que gera muita polêmica é troca de óleo do câmbio automático. Enquanto as montadoras e muitos mecânicos dizem que não se deve trocar o óleo do câmbio automático, as associações de reparo de câmbio automático, os fabricantes de óleo e os profissionais mecânicos especializados, defendem a troca periódica do óleo da transmissão.
Vale ressaltar nesta polêmica que muitos fabricantes estipulam prazo de validade do óleo, pois o mesmo vai perdendo suas características lubrificantes e hidráulicas. Essa perda de eficiência em suas propriedades ocorre devido a ação do tempo, pressão e da elevada temperatura do sistema de transmissãoA única e essencial vantagem de se trocar o óleo da transmissão é prolongar a vida útil da mesma ao máximo possível, pelo fato de garantir que ela vai trabalhar com o óleo sempre em sua melhor condição de lubrificar e transmitir força no acionamento dos componentes internos da transmissão.
Tipos de troca do óleo da transmissão
Existem dois tipos de troca de óleo a total e a parcial.
A troca parcial consiste em simplesmente abrir o bujão do cárter da transmissão deixar esgotar e depois repor este óleo com um óleo novo no câmbio
A troca total já requer um profissional qualificado pois exige conhecimento técnico sobre o modelo da transmissão em que será feita a troca de óleo. A troca total pode ou não ser realizada com a máquina que é uma ferramenta para auxiliar o profissional e não necessariamente um requisito para a troca total do óleo. Poucas transmissões exigem o uso da máquina para que a troca seja realizada com sucesso.
A troca conserta ou estraga?
Outro fator importante é que muitos proprietários acreditam que uma troca de óleo irá consertar sua transmissão.
Esse mito vem do fato que em alguns casos, a troca do óleo dá a uma transmissão já apresentado defeitos, uma sobrevida. Mas a troca do óleo simplesmente é incapaz de reparar um dano pré-existente dentro da transmissão. Assim como também não irá o óleo por si só danificar nenhum componente interno do câmbio.
Pode, entretanto, uma transmissão que não apresenta falhas após uma troca de óleo passar a apresentar falhas. Isso acontece pela pré-existência de danos na transmissão. Por isso, é importante que o profissional especializado antes de iniciar a troca realize um diagnóstico do veículo e faça uma análise do óleo da transmissão. Tentando assim localizar um possível defeito ou desgaste acentuado da transmissão.
Em resumo, a troca não irá consertar nem estragar. Seu papel é prolongar a vida útil da sua transmissão.
Periodicidade de troca
Alguns fabricantes já começaram a colocar em seus manuais o prazo e quilometragem recomendada para a troca do óleo da transmissão.
É importante seguir a recomendação do fabricante ou das associações de profissionais de reparação de transmissão automática. No Brasil o proprietário do veículo pode buscar estas informações na APTTA na CAB ou em nosso aplicativo disponível neste link.